Ritual

Sem Missa
79. Quando, por qualquer motivo, o casamento for celebrado sem Missa, também o diácono segue este rito (1* ).

RITOS INICIAIS

Primeiro modo

80. À hora marcada, o sacerdote, de alva ou sobrepeliz e estola branca ou festiva, ou, se desejar, pluvial (ou dalmática para o diácono) da mesma cor, dirige-se com os ajudantes para a porta da Igreja, onde acolhe os noivos e cordialmente os saúda, mostrando que a Igreja participa da sua alegria.

81. Em seguida, faz-se a procissão até o altar. Vão primeiro os ajudantes, depois o sacerdote, e finalmente o noivo e a noivam que poderão ser conduzidos ao menos pelos pais e duas testemunhas, segundo o costume do lugar. Canta-se, então, o canto da entrada.

82. O ministro se aproxima do altar, que saúda com uma reverência e o beija. Depois se dirige à sua cadeira.

Outro modo

83. À hora marcada, o sacerdote de alva ou sobrepeliz e estola branco ou festiva, ou, se desejar, pluvial (ou dalmática para o diácono) da mesma cor, dirige-se com os ajudantes para o lugar preparado para os noivos.

84. Quando os noivos chegarem ao seu lugar, o ministro os acolhe e cordialmente os saúda, mostrando que a Igreja participa da sua alegria.

85. Em seguida, o ministro se aproxima do altar, que saúda com um profunda inclinação, e dirige-se à sua cadeira.

86. Feito o sinal da cruz, o ministro saúda o povo, dizendo:
A graça e a paz de Deus, nosso pais,
E de Jesus Cristo, nosso Senhor,
Estejam convosco!

Ou:
A graça de nosso Senhor Jesus Cristo,
O amor do Pai
E a comunhão do Espírito Santo
Estejam convosco!

O povo responde:
Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.

87. O ministro fará uma breve alocução as noivos e aos presentes, predispondo-os à celebração do Matrimônio, com estar ou outras palavras:
Para a celebração deste casamento, meus irmãos e irmãs, felizes aqui nos reunimos na casa do Senhor, no dia em que estes nossos amigos N. e N. resolveram estabelecer o seu novo lar. Para eles este momento é de suma importância! Por isso, vamos acompanha-los com a nossa amizade e nossa oração fraterna. Unidos a eles, ouviremos atentamente a Palavra que hoje Deus nos dirige. E depois, juntamente com a Santa Igreja, por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor, vamos pedir a Deus Pai que acolha, abençoe, e mantenha sempre unidos estes noivos, seus servos e nossos irmãos.

88. Ou então:
N. e N.,
A Igreja participa da vossa alegria e vos recebe de coração, assim como a vossos pais, parentes e amigos, neste dia em que, diante de Deus, nosso Pai, ireis firmar entre vós uma aliança para toda a vida.
Que o senhor vos ouça neste dia de tanta felicidade, e vos mande o auxílio celeste, e assim vos conserve por muito tempo, e vos conceda muitas graças, segundo o vosso coração, e vos realize todas as vossas aspirações.

89. O ministro, de mãos estendidas, reza esta oração:
Atendei, ó Deus, as nossas súplicas e derramais as vossas bênçãos sobre N. e N., para que, unindo-se em Matrimônio diante do vosso altar, sejam confirmados na caridade.
Por Cristo, nosso Senhor.
R/. Amém.

Outras orações podem substituir esta: nn. 223.224.227.228.

LITURGIA DA PALAVRA

90. Segue-se a Liturgia da Palavra, como de costume, com as leituras assinaladas no n. 56, ou outras, como estão nos nn. 179-222.

Escolha-se sempre ao menos uma leitura que fale claramente do Matrimônio.

91. Após a leitura do Evangelho, o ministro exponha, partindo do texto sagrado, o mistério do Matrimônio cristão, a dignidade do amor conjugal, a graça do sacramento e os deveres do casal, levando sempre em conta a situação das pessoas.

RITO SACRAMENTAL DO MATRIMÔNIO

92. Celebrando-se dois ou mais Matrimônios, tanto as perguntas antes do consentimento como o próprio consentimento e sua aceitação pelo ministro, sejam feitos sucessivamente a cada casal; o restante, porém, incluindo a própria bênção nupcial, seja feito uma só vez para todos, usando-se o plural.

93. Em seguida, estando todos de pé, e tendo se colocado as testemunhas em lugar adequado, o ministr se dirige aos noivos com estas ou outras palavras semelhantes:

Caros noivos, N. e N., viestes a esta igreja, para que, na presença do sacerdote (do assistente) e da comunidade cristã, a vossa decisão de contrair o Matrimônio seja marcada por Cristo com um sinal sagrado. Cristo abençoa com generosidade o vosso amor conjugal. Já nos tendo consagrado pelo batismo, vai enriquecer e fortalecer-vos agora com o sacramento do Matrimônio, para que sejais fiéis um ao outro por toda a vida e possais assumir todos os deveres do Matrimônio.

DIÁLOGO ANTES DO CONSENTIMENTO

94. O ministro interroga-os quanto à liberdade, à fidelidade e à aceitação e educação dos filhos.

O ministro:
N. e N., viestes aqui para unir-vos em Matrimônio.
Por isso, eu vos pergunto perante a Igreja:
É de livre e espontânea vontade que o fazeis?

Cada um dos noivos responde:
Sim!

O ministro:
Abraçando o Matrimônio, ides prometer amor e fidelidade um ao outro.
É por toda a vida que o prometeis?

Cada um dos noivos responde:
Sim!

A seguinte pergunta pode ser omitida, se as circunstâncias, como a idade avançada dos noivos, o aconselharem.

O ministro:
Estais dispostos a receber com amor os filhos que Deus vos confiar, educando-os na lei de Cristo e da Igreja?

Cada um dos noivos responde:
Sim!

CONSENTIMENTO

95. O ministro convida os noivos a manifestar seu consentimento:
Para manifestar o vosso consentimento em selar a sagrada aliança do Matrimônio, diante de Deus e de sua Igreja, aqui reunida, dai um ao outro a mão direita.

Os noivos unem as mãos.

96. O noivo diz:
Eu, N.,
Te recebo, N., por minha esposa
E te prometo seu fiel,
Amar-te e respeitar-te
Na alegria e na tristeza,
Na saúde e na doença,
Todos os dias da nossa vida.

A noiva diz:
Eu, N.,
Te recebo, N., por meu esposo
E te prometo seu fiel,
Amar-te e respeitar-te
Na alegria e na tristeza,
Na saúde e na doença,
Todos os dias da nossa vida.

97. Se por motivos pastorais, parecer mais oportuno, o ministro poderá solicitar o consentimento por meio de perguntas.
Primeiro interroga o noivo:
N., queres receber N. por tua esposa
E lhe prometes ser fiel,
Amá-la e respeitá-la,
Na alegria e na tristeza,
Na saúde e na doença,
Todos os dias da tua vida?
O noivo responde:
Quero!

Então o sacerdote interroga a noiva:
N., queres receber N. por teu esposo
E lhe prometes ser fiel,
Amá-lo e respeitá-lo,
Na alegria e na tristeza,
Na saúde e na doença,
Todos os dias da tua vida?
A noiva responde:
Quero!

ACEITAÇÃO DO CONSENTIMENTO

98. Em seguida, acolhendo o consentimento, o ministro declara:
Deus confirme este compromisso que manifestastes perante a Igreja e derrame sobre vós as suas bênçãos!
Ninguém Separe o que Deus uniu!

Ou:
O Deus de Abraão, o Deus de Isaac, o Deus de Jacó, o Deus que abençoou os nossos primeiros pais no paraíso, confirme e abençoe em Cristo este compromisso que manifestastes perante a Igreja. Ninguém separe o que Deus uniu!

99. O ministro convida os presente para o louvor a Deus:
Bendigamos ao Senhor!

Todos respondem:
Graças a Deus!

Pode ser usada outra fórmula de aclamação.

BÊNÇÃO E ENTREGA DAS ALIANÇAS

100. Quem preside diz:
Deus abençoe † estas alianças que ides entregar um ao outro em sinal de amor e fidelidade.

R/. Amém.

Outras fórmulas de bênção das alianças: n. 229-230.

Então, se for oportuno, quem preside asperge e entrega as alianças aos esposos.

101. O esposo coloca a aliança no dedo anular da esposa, podendo dizer:
N., recebe esta aliança em sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.

A esposa coloca a aliança no dedo anular do esposo, podendo dizer:
N., recebe esta aliança em sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.

102. Toda a comunidade pode cantar um hino ou canto de louvor.

PRECE DOS FIÉIS

103. Seguem-se, como de costume, as Preces dos fiéis, segundo as fórmulas que estão nos nn. 251-252.

a) primeiro, quem preside convida a todos para as Preces;
b) um leitor faz as invocações, respondidas por todos, de tal modo, porém, que cada invocação esteja em sintonia com a bênção nupcial, sem contudo repetir as mesmas intenções;
c) se não houver comunhão, segue-se o Pai-nosso;
d) em seguida, omitida a oração conclusiva, o ministro invoca a bênção de Deus sobre o casal, o que nunca se omite.

BÊNÇÃO NUPCIAL

104. Os esposos se ajoelham.

Quem preside, de mãos postas, diz:

Caros fiéis, roguemos a Deus que derrame suas bênçãos sobre N. e N. Que ele ajude bondosamente com seu auxílio aos que enriqueceu com o sacramento do Matrimônio.

Outras fórmulas de invitação, nos nn. 73.241.

E todos rezam algum tempo em silêncio.

105. Em seguida, o ministro, voltado para o casal, de braços abertos, profere sobre eles a oração que segue.
No último parágrafo da oração podem omitir-se as palavras entre parênteses, quando as circunstâncias o aconselharem, como a idade avançada dos esposos.

Ó Deus todo-poderoso, vós criastes todas as coisas e desde o princípio ordenastes o universo; criando o ser humano à vossa imagem, quisestes que a mulher fosse para o homem uma companheira inseparável, de modo a já não serem dois, mas uma só carne, ensinando-nos assim a nunca separar o que criastes na unidade.

Ou:
Ó Deus, santificastes misteriosamente a união conjugal, desde o princípio, a fim de prefigurar no vínculo nupcial o mistério do Cristo e da Igreja.

Ou:
Ó Deus, vós unis a mulher ao marido e dais a esta união estabelecida desde o início a única bênção que não foi abolida, nem pelo castigo do pecado original, nem pela condenação do dilúvio.

Volvei o vosso olhar de bondade sobre estes vossos filhos, que, unidos pelo vínculo do Matrimônio esperam ser fortalecidos pela vossa bênção: enviai sobre eles a graça do Espírito Santo, para que impregnados da vossa caridade, permaneçam fiéis na aliança conjugal.

O amor e a paz permaneçam no coração da vossa filha N.; e ela busque o exemplo das santas mulheres, exaltadas com louvores nas Sagradas Escrituras. Nela confie o seu marido; e saiba honrá-la com a devida estima, reconhecendo-a companheira e co-herdeira da vida divina, e amando-a com aquele amor com que Cristo amou a sua Igreja.

Nós vos pedimos, ó Pai, que estes vossos filhos permaneçam firmes na fé e amem os vossos mandamentos; que se conservem fiéis um ao outro e sejam para todos um exemplo.

Animados pela força do Evangelho, sejam entre todos verdadeiras testemunhas de Cristo. (Sejam eles fecundos em filhos, pais de comprovada virtude, e possam ver os filhos de seus filhos).

Enfim, após uma vida longa e feliz, alcancem o reino do céu e o convívio dos santos.

Por Cristo, nosso Senhor.
R/. Amém.

Outras fórmulas da Bênção nupcial, nos nn. 242.244.

106. Se não houver Comunhão, o ministro abençoe o povo.
E a todos vós, aqui reunidos, abençoe o Deus todo-poderoso,
Pai e Filho † e Espírito Santo.

R/. Amém.

107. É louvável que a celebração termine com um canto apropriado.

SAGRADA COMUNHÃO

108. Se a sagrada Comunhão for distribuída dentro do rito, terminada a bênção nupcial, o ministro vai ao sacrário, traz a âmbula, coloca-a sobre o altar e faz a genuflexão.

109. Introduz, então a oração do Pai-nosso com estas palavras ou outras semelhantes:
Rezemos, com amor e confiança, a oração que o Senhor nos ensinou.

Todos juntos prosseguem:
Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.

110. Depois, se for oportuno, quem preside convida todos para a saudaçãoo da paz, com estas palvras ou outras semelhantes:
Irmãos e irmã, saudai-vos em Cristo Jesus!

Os esposos e todos presentes poderão manifestar uns aos outros a paz e a caridade.

111. Terminada a saudação da paz, quem preside faz a genuflexão, toma a hóstia sobre a âmbula, eleve-a um pouco e diz:
Felizes os convidados para a Ceia do Senhor.
Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.

E os que vão comungar:
Senhor, eu não sou digno(a) de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo(a).

112. Quem preside aproxima-se dos que vão comungar e, mostrando a hóstia um pouco elevada, diz a cada um:
O Corpo de Cristo.

O que vai comungar responde:
Amém.

E comunga o Corpo de Cristo.

113. Durante a Comunhão pode-se entoar um canto apropriado, se for oportuno.

114. Distribuída a Comunhão, pode-se guardar silêncio por algum tempo, se for oportuno, ou entoar um salmo ou um canto de louvor.

115. Depois, o ministro reza esta oração.
Oremos.

Tendo participado da vossa mesa, nós vos pedimos, ó Deus, que N. e N., unidos em Matrimônio, sempre vos sigam e anunciem a todos o vosso nome.
Por Cristo, nosso Senhor.

R/. Amém.

CONCLUSÃO DA CELEBRAÇÃO

116. O rito se conclui com a bênção dos esposos e do povo, com a simples fórmula Abençoe-vos, ou com uma das fórmulas indicadas nos nn. 248-250.

117. Terminada a celebração, as testemunhas e o ministro assinam a ata do casamento, na sacristia ou diante do povo, mas nunca sobre o altar.

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