Ritual

Católicos e outro catecúmeno ou não-cristão
152. Se o Matrimônio é celebrado entre uma pessoa católica e outra catecúmena ou não-cristã, ou entre duas pessoas catecúmenas, ou entre uma pessoa catecúmena e outra não-cristã, a celebração se realize numa igreja ou em outro lugar conveniente, segundo o rito que se segue.
O rito aqui apresentado deve ser observado pelo sacerdote ou pelo diácono que tiver recebido delegação do Ordinário do lugar ou do pároco para assistir e abençoar Matrimônios em nome da Igreja.
Se, de acordo com o n. 25, o Matrimônio é celebrado diante de um assistente leigo, delegado pelo Bispo diocesano, observe-se este rito, mudando-se a fórmula da Bênção nupcial, como está no n. 140. O ministro leigo deve usar uma vestimenta conveniente ou uma veste própria, aprovada pelo Bispo.

ACOLHIDA

153. À hora marcada, quem preside, se sacerdote ou diácono, se alva e estola e, se desejar, pluvial (ou dalmática para o diácono) de cor branca ou festiva, dirige-se com os ajudantes para a porta da igreja ou ao lugar escolhido para a celebração, onde acolhe os noivos e cordialmente os saúda.
Em seguida, o ministro com os ajudantes, os noivos, as testemunhas e os presentes se dirigem às suas cadeiras.

154. O presidente, predispondo a todos para a celebração do Matrimônio, faz breve alocução com estas ou outras palavras semelhantes:
N. e N., a Igreja participa da vossa alegria e vos recebe de coração, juntamente com os vossos pais, parentes e amigos, neste dia em que ireis constituir entre vós uma aliança para toda a vida. Para quem tem fé, Deus é a fonte do amor e da fidelidade, porque Deus é amor.
Ouçamos, pois, atentamente a sua Palavra e peçamos a ele humildemente que vos abençoe, segundo os vossos corações, e vos realize todas as vossas aspirações.

155. Onde as circunstâncias o aconselharem, omite-se todo este rito de acolhimento e o Matrimônio começa logo com a Liturgia da Palavra.

LITURGIA DA PALAVRA

156. Segue-se, como de costume, a Liturgia da Palavra, conforme os textos propostos no n. 56 ou outros textos dos nn. 179-222. Podem ser feitas uma ou duas leituras. As circunstâncias podem aconselhar que se faça apenas uma. Escolha-se sempre ao menos uma leitura que fale claramente do Matrimônio.
Se o ministro for assistente leigo, a introdução ao Evangelho se faz assim:

Ouvi, irmão e irmãs,
as palavras do Santo Evangelho, escrito por N.

157. A homilia seja baseada no texto sagrado e seja adaptada à condição dos noivos e às circunstâncias do momento. Convém que o assistente leigo faça uma exortação ou leia uma homilia aprovada pelo Bispo ou pelo pároco.

Rito Sacramental do Matrimônio

158. Em seguida, estando todos de pé, e tendo se colocado as testemunhas em lugar adequado, o que preside dirige-se aos noivos com estas ou outras palavras:

Caros noivos, N. e N., viestes a esta igreja, para que, na presença do sacerdote (do assistente) e da comunidade cristã, a vossa decisão de contrair o Matrimônio seja marcada por Cristo com um sinal sagrado. Cristo abençoa com generosidade o vosso amor conjugal. Já nos tendo consagrado pelo batismo, vai enriquecer e fortalecer-vos agora com o sacramento do Matrimônio, para que sejais fiéis um ao outro por toda a vida e possais assumir todos os deveres do Matrimônio.

DIÁLOGO ANTES DO CONSENTIMENTO

159. O presidente da celebração interroga-os sobre à liberdade, à fidelidade e à aceitação e educação dos filhos.

Presidente:
N. e N., viestes aqui para unir-vos em Matrimônio.
Por isso, eu vos pergunto perante a Igreja:
É de livre e espontânea vontade que o fazeis?

Cada um dos noivos responde:
Sim!

Presidente:
Abraçando o Matrimônio, ides prometer amor e fidelidade um ao outro.
É por toda a vida que o prometeis?

Cada um dos noivos responde:
Sim!

A seguinte pergunta pode ser omitida, se as circunstâncias, como a idade avançada dos noivos, o aconselharem.

Presidente:
Estais dispostos a receber com amor os filhos que Deus vos confiar, educando-os na lei de Cristo e da Igreja?

Cada um dos noivos responde:
Sim!

Consentimento

160. O presidente convida os noivos a manifestar seu consentimento:
Para manifestar o vosso consentimento e firmar a sagrada aliança do Matrimônio, diante de Deus e de sua Igreja, aqui reunida, dai um ao outro a mão direita.

Os noivos unem as mãos.

161. O noivo diz:
Eu, N.,
Te recebo, N., por minha esposa
E te prometo seu fiel,
Amar-te e respeitar-te
Na alegria e na tristeza,
Na saúde e na doença,
Todos os dias da nossa vida.

A noiva diz:
Eu, N.,
Te recebo, N., por meu esposo
E te prometo seu fiel,
Amar-te e respeitar-te
Na alegria e na tristeza,
Na saúde e na doença,
Todos os dias da nossa vida.

162. Se por motivos pastorais, parecer mais oportuno, o presidente poderá solicitar o consentimento por meio de perguntas.
Primeiro interroga o noivo:
N., queres receber N. por tua esposa
E lhe prometes ser fiel,
Amá-la e respeitá-la,
Na alegria e na tristeza,
Na saúde e na doença,
Todos os dias da tua vida?
O noivo responde:
Quero!

Então o sacerdote interroga a noiva:
N., queres receber N. por teu esposo
E lhe prometes ser fiel,
Amá-lo e respeitá-lo,
Na alegria e na tristeza,
Na saúde e na doença,
Todos os dias da tua vida?
A noiva responde:
Quero!

ACEITAÇÃO DO CONSENTIMENTO

163. Em seguida, o presidente, acolhendo o consentimento, declara:
Deus confirme este compromisso que manifestastes perante a Igreja e derrame sobre vós as suas bênçãos!
O que Deus uniu, o ser humano não separe.

Ou:
O Deus de Abraão, o Deus de Isaac, o Deus de Jacó, o Deus que abençoou os nossos pais no paraíso, confirme e abençoe em Cristo este compromisso que manifestastes perante a Igreja. O que Deus uniu, o ser humano não separe.

164. O presidente convida os presente para o louvor a Deus:
Bendigamos ao Senhor!

Todos respondem:
Graças a Deus!

Pode ser usada outra fórmula de aclamação.

BÊNÇÃO E ENTREGA DAS ALIANÇAS

165. Se as circunstâncias o aconselharem, a benção e entrega das alianças podem ser omitidas. Mas, se forem feitas, o sacerdote (ou diácono) diz:
Deus abençoe † estas alianças que ides entregar um ao outro em sinal de amor e fidelidade.

R/. Amém.

Outras fórmulas de bênção das alianças: n. 229-230.

166. O assistente leigo, de mãos postas, profere as mesmas palavras, sem traçar o sinal da cruz:
Deus abençoe † estas alianças que ides entregar um ao outro em sinal de amor e fidelidade.

R/. Amém.

Então, se for oportuno, quem preside asperge e entrega as alianças aos esposos.

167. O esposo coloca a aliança no dedo anular da esposa, podendo dizer:
N., recebe esta aliança em sinal do meu amor e da minha fidelidade.

Se for cristão, pode acrescentar:
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.

A esposa coloca a aliança no dedo anular do esposo, podendo dizer:
N., recebe esta aliança em sinal do meu amor e da minha fidelidade.
Se for cristã, pode acrescentar:
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.

168. Em seguida, toda a comunidade pode cantar um hino ou canto de louvor.

PRECE DOS FIÉIS

169. Seguem-se as Preces dos fiéis, segundo as fórmulas que estão nos nn. 251-252.

170. Após as invocações, quem preside a celebração introduz a Oração dominical, com estas palavras ou outras semelhantes:
Rezemos, os que somos cristãos, a Deus Pai, que deseja seus filhos e filhas unidos na caridade, com a oração da família de Deus que nosso Senhor Jesus Cristo nos ensinou.

E todos os cristãos prosseguem:
Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.

BÊNÇÃO NUPCIAL

171. Normalmente se reza a Bênção nupcial sobre os esposos. Mas, se houver motivo, pode-se omitir, rezando-se em seu lugar, a oração que vem no n. 174.
Os esposos, se parecer oportuno, ajoelham-se no seu lugar.

Então, o sacerdote (ou diácono), de mãos postas, diz:
Caros irmãos e irmãs, roguemos a Deus que derrame suas bênçãos sobre N. e N. para que os ajude com seu auxílio, a eles, que se uniram pelos laços do Matrimônio.

E todos rezam algum tempo em silêncio.

172. O sacerdote (ou diácono), de pé, voltado para os esposos e de mãos estendidas sobre eles, prossegue:
Pai santo, criador do universo, vós fizestes o homem e a mulhar à vossa imagem, e quisestes cobrir de bênçãos a sua união: Nós vos pedimos por estes vossos filhos, que hoje se unem pelo laços do Matrimônio. Desçam as vossas copiosas bênçãos sobre esta esposa N. e sobre N., o seu companheiro de vida.
Que a força do vosso Espírito Santo inflame, do alto, os seus corações. Assim, encontrando a felicidade no amor conjugal, distingam-se pelo bem (e sejam pais de comprovada virtude).
Na alegria vos louvem e na tristeza vos procurem, sintam em seus trabalhos vossa assistência e nas aflições vosso consolo.
Enfim, após uma vida longa e feliz, possam, com os amigos que os cercam, chegar ao reino do céu.
Por Cristo, nosso Senhor.

R/. Amém.

173. Se quem preside é um assistente leigo, diz, de mãos postas:
Bendito sois vós, Senhor Deus, que criastes e conservais o gênero humano, e deixastes na união do homem e da mulher uma verdadeira imagem do amor.
Nós vos pedimos, Senhor, desça a vossa bênção copiosa sobre esta esposa N. e sobre N., seu companheiro de vida.
Que do alto a força do vosso Santo Espírito inflame os seus corações. Assim, encontrando a felicidade no amor conjugal, distingam-se pelo bem (e sejam pais de comprovada virtude).
Na alegria vos louvem e na tristeza vos procurem, sintam em seus trabalho vossa assistência e nas aflições vosso consolo.
Enfim, após uma vida longa e feliz, possam, com os amigos que os cercam, chegar ao reino do céu.
Por Cristo, nosso Senor.

R/. Amém.

174. Se, por algum motivo, a Bênção nupcial for amitida, reza-se em seu lugar esta oração.
Atendei, Senhor, as nossas súplicas e assisti, bondoso, a esta instituição sagrada, pela qual quisestes a propagação do gênero humano, de modo que os que se uniram com a vossa bênção, assim se conservem, ajudados por vossa graça.
Por Cristo, nosso Senhor.

R/. Amém.

CONCLUSÃO DA CELEBRAÇÃO

175. O sacerdote (ou diácono) abençoa o povo:
E a todos vós, aqui reunidos, abençoes-vos Deus todo-poderoso,
Pai e Filho † e Espírito Santo.

R/. Amém.

176. Se quem preside é um ministro leigo, pode concluir o rito traçando sobre si o sinal da cruz e dizendo:
Deus nos dê a plenitude da alegria e da paz na fé.
A paz de Cristo esteja em nossos corações, e o Espírito Santo nos enriqueça de seus dons.

Todos respondem:
Amém.

177. É bom que a celebração se encerre com um canto apropriado.

178. Terminada a celebração, as testemunhas e o presidente assinam a ata do casamento, na sacristia ou diante do povo, mas nunca sobre o altar.

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